Márcia Goldschmidt
A apresentadora Márcia Goldschmidt trouxe à tona detalhes da passagem pelo SBT durante uma entrevista ao programa Sensacional, exibido na última terça-feira (20) pela RedeTV!. Segundo a comunicadora, a trajetória na emissora de Silvio Santos [1930-2024] foi marcada por isolamento e um envolvente hostil nos bastidores. Ela afirmou ainda que sua saída foi estrategicamente orquestrada para propiciar o incremento de Carlos Volume, o Ratinho.
“Eu me sentia execrada lá dentro. As pessoas que já estavam na emissora há mais tempo eram contra mim. Gravava um programa detrás do outro e sentia uma robustez muito pesada”, relatou Márcia, destacando que chegava a recorrer às Escrituras Sagradas para se fortalecer. “A maquiadora entrava no camarim comigo para lermos o Salmo 91 antes das gravações”, revelou.
A apresentadora ainda contou que, nos momentos de pausa, era sempre isolada pelos colegas de emissora. “Ia almoçar e me deixavam sozinha. Era inveja. Quem estava batendo na Orbe, né, filha?”, disparou ao ser questionada pela apresentadora Daniela Albuquerque sobre a razão do distanciamento.
Em determinado momento, Márcia foi afastada de suas funções e, segundo ela, sua imagem passou a ser escopo de críticas na prelo. “Eu não sabia que existia uma máfia lá dentro, comprando a mídia para me queimar. Falavam que meu programa era baixaria, que era armado”, denunciou.
A comunicadora afirmou que chegou a enfrentar um período de depressão depois o encolhimento. “Imagine trespassar de um sucesso estrondoso e, de repente, desabar no fundo do poço. Eu queria minha liberdade e minha honra. Um dia, encontrei Silvio no Jassa, às sete da manhã, e pedi para ser liberada”, relembrou.
Para Márcia, o motivo de sua queda dentro do SBT foi a contratação de Ratinho, que vinha da Record. “Tiveram que me roubar para ele crescer”, afirmou sem rodeios. Ela trabalhou na emissora entre 1997 e 2000.