Conclave: entenda processo de eleição do Papa retratado no filme indicado a 8 Oscars
Conclave: entenda processo de eleição do Papa retratado no filme indicado a 8 Oscars
14, Fev 2025
Conclave: entenda processo de eleição do Papa retratado no filme indicado a 8 Oscars
Com oito indicações ao Oscar 2025, o filme “Conclave”, que retrata o processo de escolha de um Papa, é uma das produções mais aclamadas da atualidade. Com direção de Edward Berger (“Zero de Novo no Front”, de 2022), o longa-metragem é uma adaptação de best-seller homônimo escrito por Robert Harris, lançado em 2016. Na trama, o cardel Lawrence, vivido por Ralph Fiennes (“O Jardineiro Leal” e “O Paciente Inglês”), é quem conduz o conclave para a escolha do novo pontífice em seguida a morte súbita do portanto líder mundial da Igreja Católica. Avante do secreto processo eleitoral com mais de século cardeais do mundo todo, Lawrence se envolve em uma conspiração que ameaço enfraquecer sua fé e as bases da Igreja. Os bastidores da disputa, com conversas nos corredores do Vaticano e as articulações políticas na disputa de poder, são o cerne do filme, aliando mistério e tradição, em uma espécie de thriller eclesiástico. O elenco de “Conclave” tem ainda Stanley Tucci (“Um Olhar do Paraíso”), Isabella Rossellini (“Veludo Azul”), John Lithgow (“Dexter”) e Sergio Castellito (“Não se Mova”). “Conclave” é um dos candidatos a Melhor Filme na 97ª edição do Oscar, cuja cerimônia acontece no dia 2 de março, no Dolby Theatre, em Los Angeles, na Califórnia. Ele concorre na mesma categoria em que está “Ainda Estou Cá”, de Walter Salles. O filme brasiliano também foi indicado a Melhor Filme Estrangeiro. O filme concorre ainda nas categorias Roteiro Ajustado, Figurino, Trilha Sonora, Direção de Arte, Montagem, Melhor Ator (Ralph Fiennes) e Melhor Atriz Coadjuvante (Isabella Rossellini). O conclave para escolher um novo Papa é um dos processos mais antigos, rígidos e secretos do mundo. Ele acontece desde o século 13. Ele ocorre quando um papa morre – uma vez que na sucessão de João Paulo II para Bento XVI – ou repúdio – a exemplo da última mudança, com Bento XVI dando lugar a Francisco. A vocábulo Conclave vem do latim “cum clavis”, que significa “fechado à chave”, o que dá a medida do sigilo com que é tratado o processo. Nele, cardeais do mundo inteiro se reúnem em câmara e ficam isolados do mundo. O princípio é de que não estejam sujeitos a influências e pressões. O voto é secreto. Os cardeais entram em conclave entre no mínimo 15 e no sumo 20 dias em seguida a morte ou repúdio do Papa. A eleição acontece dentro da Capela Sistina, localizada no Palácio Apostólico, a residência solene do Papa, no Vaticano. As regras vigentes no conclave, uma vez que a elaboração do escola eleitoral, foram definidas durante o pontificado de Paulo VI, em 21 de novembro de 1970. O número sumo de cardeais participantes do processo é 120, com idade máxima de 80 anos, e todos juram sigilo sobre o processo. Os 120 cardeais podem ser votados, porém não podem votar em si mesmos. Também é permitido votar em cardeais que estejam fora da câmara.Os cardeais devem grafar o nome do seu candidato em uma cédula e depositá-la na urna. Posteriormente o processo, as cédulas são queimadas. Para ser eleito Papa é preciso ter dois terços dos votos de toda a câmara. Ou seja, um mínimo de 80 votos. Ao termo da votação, os cardeais despejam um resultado químico na fumaça que sai da chaminé da capela. Caso seja preta, a votação segue. Se ela for branca, signfica que o novo Papa já foi escolhido. Cabe ao protodiácono fazer o proclamação solene na sacada da basílica de São Pedro. Ele solta a famosa sentença “Habemus Papam!” (“Temos um Papa”).
