Giovanna Chaves
Giovanna Chaves, de 23 anos, conhecida pelo papel na série Cúmplices de um Resgate, do SBT, utilizou as redes sociais para desafogar sobre uma situação que a acompanha há quase uma dez: a perseguição de um stalker. Em um relato emocionado, Giovanna detalhou os constantes assédios que sofre, desde ligações para locais que frequenta até tentativas de aproximação e presença próxima à sua residência. Os posts foram deletados pela atriz posteriormente a ampla repercussão mas antes foram registrados pelo IG.
A jovem, que cresceu sob os holofotes da internet, destacou a sensação de insuficiência diante da falta de solução do problema, mesmo posteriormente medidas legais. Giovanna compartilhou episódios marcantes, uma vez que o dia em que um varão apareceu em um restaurante onde ela estava, afirmando ter ido para um “encontro” com ela.
Outra situação envolveu um sujeito que passou a eclodir semanalmente em frente à sua moradia com flores, chegando a tentar entrar no elevador do prédio onde mora. A atriz aproveitou o desabafo para alertar sobre os riscos da exposição excessiva nas redes sociais.
Ela também deu dicas de proteção, uma vez que evitar vulgarizar endereços, locais de trabalho ou estudo, e sempre documentar e denunciar comportamentos suspeitos. O relato de Giovanna Chaves se soma a outros casos recentes que têm chamado a atenção para os perigos da perseguição virtual, uma vez que o de Vitória de Cajamar. A atriz reforçou a valia de discutir o tema e buscar medidas mais eficazes para proteger vítimas de stalking.
Confira o texto da postagem dela na íntegra
O caso de Vitória de Cajamar e os perigos da exposição na internet. Nos últimos dias, o caso da jovem Vitória de Cajamar chamou a atenção de todos e acendeu mais uma vez o alerta sobre os riscos da exposição na internet. O incidente só reforça alguma coisa que muitas mulheres inclusive eu já enfrentaram ou enfrentam diariamente: a perseguição virtual.
Porquê alguém que cresceu na internet e compartilha minha vida com vocês, sei muito o peso disso. Desde muito novidade, lido com um stalker que me persegue há anos. A sensação de insuficiência é enorme, porque mesmo com denúncias e medidas legais, a justiça muitas vezes irregularidade em nos proteger. Isso não é um caso só. Quantas pessoas precisam passar pelo pavor metódico antes que alguma coisa realmente seja.
Isso tá longe de ser surpresa, é alguma coisa perigoso, já fiz B.O., já fiz tudo e zero é feito. Bloqueio? Ele cria páginas novas e por aí vai… E ele não é o único, ele é só o exemplo mais problemático. São inúmeras páginas criadas, tatuagem, ligações em lugares que eu frequento.
Se vou no salão ele liga para pedir para falar comigo, desde que tenho 14 anos. Quando fui para BH (Belo Horizonte) só andava com segurança com pavor! São inúmeras tentativas de aproximação e quando pensamos que acabou, ele volta. A internet nos conecta, nos dá voz, mas também nos expõe a perigos reais. Por isso, quero substanciar algumas formas de se proteger:
Privacidade em primeiro lugar: tenha desvelo com o que compartilha, principalmente sua localização em tempo real;
Denuncie e documente: qualquer ameaço ou comportamento suspeito deve ser registrado e denunciado;
Limite o aproximação: evite que desconhecidos saibam onde você mora, estuda ou trabalha.
Uma vez, postei que estava em um restaurante e, pouco tempo depois, um varão apareceu lá. Ele devia ter uns 40 anos, chegou todo viciado, sabia tudo sobre a minha vida porque me seguia no Instagram. Ele disse que tinha vindo para um “date” comigo, perguntou se eu estava sozinha e, sem nem esperar resposta, puxou uma cadeira e sentou na minha mesa.
Na hora, meu coração disparou. Eu disse que estava esperando uma amiga, mas ele não se intimidou. Pedi para a garçonete me escoltar até o banheiro e, contei a situação, quando voltamos ele já não estava mais no restaurante.
E não foi a única vez que vivi alguma coisa assim. Teve um outro caso ainda mais tenso: um varão começou a eclodir na porta da minha moradia com flores, toda semana. No início, tentei ignorar, mas ele não parava. Um dia, tentou entrar no elevador comigo, e precisei invocar o segurança do prédio. Ele ficou acampado do lado de fora da minha moradia por quase uma semana tentando me ver, e só saiu porque chamei a polícia.
Temos sim que tomar desvelo, não fique postando sua moradia em rede social, a escola onde seu rebento estuda, onde você trabalha, tudo em tempo real! Temos que ter malícia gente, tudo hoje está muito perigoso. Parece bobeira, mas não é! Falo isso porque já vivi essas situações e foram muito traumáticas! Se proteja.