Reginaldo Tirotti
O perito Reginaldo Tirotti, responsável pela perícia das assinaturas de Ana Hickmann em contratos com o Banco Daycoval, está sendo indiciado pela resguardo da apresentadora de estar envolvido em uma controvérsia por validar uma fake news contra o Padre Júlio Lancellotti em 2024. O técnico, no entanto, se pronunciou sobre o caso.
Na quadra, membros do Movimento Brasil Livre (MBL) usaram um vídeo falso para acusar o padre de pedofilia, com o parecer técnico de Tirotti sustentando a criminação.
Segundo a resguardo da apresentadora, a fraude foi desmascarada pelo perito Mário Gazziro, que identificou cinco falhas graves no laudo de Tirotti. Entre elas, a privação de evidências visuais para confirmar o ano do vídeo, o uso excessivo de imagens reais do padre para confundir leitores leigos e a ocultação de elementos importantes durante a estudo. Gazziro também destacou o uso indevido de características comuns em idosos uma vez que prova e uma avaliação facial incompleta.
O vídeo em questão foi produzido em envolvente similar ao frequentado por Padre Júlio, mas apresentava divergências claras. Um serviço de estudo facial apontou diferença significativa de idade entre o padre e o impostor no material falso. A Arquidiocese de São Paulo arquivou o caso por falta de verossimilhança nas acusações.
Em nota enviada ao iG Gente, Reginaldo Tirotti afirmou que sua estudo sobre o vídeo foi conduzida “dentro dos parâmetros técnicos apropriados” e reforçou que os métodos aplicados respeitaram os padrões periciais. Ele também declarou que não comentaria o caso de Ana Hickmann, já que o processo ainda está em curso e segue normas técnicas.
“Com relação ao material referente ao Padre Júlio, informo que a estudo do vídeo guiado foi conduzida rigorosamente dentro dos parâmetros técnicos apropriados, garantindo a emprego dos métodos periciais adequados à elucidação dos fatos”, afirmou o perito.
Caso Ana Hickmann
A perícia conduzida por Tirotti em obséquio do Banco Daycoval indicou semelhanças entre as assinaturas de Ana Hickmann e as usadas nos contratos questionados. A apresentadora, porém, contestou o laudo e alegou fraude em pelo menos 10 documentos, o que levou o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) a reconhecer as falsificações.
A resguardo de Ana Hickmann argumenta que o laudo ainda não foi homologado pela Justiça e aponta possíveis falhas no processo. O caso segue em estudo, enquanto a equipe jurídica prepara novos documentos para volver o parecer inicial.